Do erro ao acerto: o papel do simulador na segurança do paciente
Na medicina, cada erro tem um custo — e nem sempre ele é reversível.
A Organização Mundial da Saúde estima que 1 em cada 10 pacientes hospitalizados sofre algum evento adverso, e até 80% desses eventos poderiam ser prevenidos com treinamento adequado (WHO, 2022).
É por isso que o simulador médico deixou de ser apenas uma ferramenta de ensino: ele se tornou um dispositivo de segurança.
Treinar antes do paciente é uma questão de ética, não de conveniência.
O elo entre erro e treinamento
Estudos apontam que a maioria dos erros médicos decorre não de falta de conhecimento teórico, mas de falhas técnicas, comunicação deficiente e inexperiência prática.
A Johns Hopkins University publicou um dado alarmante: se somados, os erros médicos seriam a terceira causa de morte nos EUA — atrás apenas de doenças cardíacas e câncer (Makary et al., BMJ, 2016).
O problema é global.
Mas existe uma solução comprovada: simulação estruturada e repetição deliberada.
Um estudo da BMC Medical Education (2023) mostrou que a prática simulada reduz em até 37% a incidência de erros técnicos em procedimentos clínicos e cirúrgicos.
Como a simulação protege o paciente
1️⃣ Permite errar com segurança
O aluno pode cometer erros, receber feedback e corrigir antes de atender um paciente real.
Essa etapa de “erro controlado” é essencial no aprendizado clínico.
2️⃣ Reforça o trabalho em equipe e a comunicação
Cenários simulados ajudam a desenvolver competências não técnicas — liderança, empatia e tomada de decisão em situações críticas (BMJ STEL, 2020).
3️⃣ Aumenta a retenção de habilidade técnica
A repetição em ambiente simulado melhora o desempenho motor e cognitivo, reduzindo o tempo de resposta e o risco de falhas reais.
4️⃣ Cria cultura de segurança institucional
Hospitais e universidades que implementam simulação reduzem em média 25% os eventos adversos reportados em até 12 meses (AHRQ, 2021).
Simular é prevenir
Em países como Canadá e Reino Unido, a simulação é exigência curricular obrigatória para todos os estudantes e residentes antes de atuar com pacientes.
O National Health Service (NHS) afirma que cada libra investida em simulação economiza até 3 libras em custos hospitalares decorrentes de erros evitáveis.
No Brasil, essa cultura vem crescendo.
A RS Soluções Médicas tem desempenhado papel central nesse avanço — com simuladores que ajudam instituições a padronizar o ensino, treinar equipes multidisciplinares e reduzir riscos clínicos.
A RS e o compromisso com a segurança do paciente
A RS entende que cada simulador não é apenas um produto — é uma barreira de proteção entre o erro e o paciente.
Por isso, cada modelo é projetado com base em três pilares:
| Pilar | Significado | Resultado |
|---|---|---|
| Realismo tátil e visual | Reproduz textura e resistência do tecido humano | Treino mais fiel à prática real |
| Validação científica | Testado em parceria com universidades | Evidência de eficácia educacional |
| Durabilidade e precisão | Material resistente e calibrado | Reduz variáveis e garante consistência |
Exemplo: O Simulador Clever de Sutura permite que o estudante treine centenas de vezes o mesmo movimento, até atingir proficiência.
O erro deixa de ser um risco e passa a ser parte do aprendizado.
A importância do debriefing
Nenhuma simulação é completa sem o debriefing — a reflexão guiada após o exercício.
É nesse momento que o erro vira conhecimento, e o conhecimento, segurança.
Segundo Fanning & Gaba (Simulation in Healthcare, 2007), 90% do aprendizado da simulação acontece no debriefing, e não durante o procedimento.
Em outras palavras: a simulação ensina; o debriefing transforma.
A segurança do paciente começa antes do paciente.
Cada sutura, cada punção e cada decisão aprendida em um simulador é um erro a menos na vida real.
A RS acredita que a medicina se fortalece quando o ensino é responsável —
e que o verdadeiro compromisso com a vida começa na prática sem risco.
CTA: Fortaleça a segurança do paciente na sua instituição.
Conheça os simuladores RS e implemente o treinamento preventivo na sua equipe.
🔗 Referências científicas
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World Health Organization. Global Patient Safety Action Plan 2021–2030. WHO, 2022.
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Makary MA, Daniel M. Medical error—the third leading cause of death in the US. BMJ, 2016.
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McGaghie WC et al. Simulation-based mastery learning with translational outcomes. Medical Education, 2020.
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Fanning RM, Gaba DM. The Role of Debriefing in Simulation-Based Learning. Simulation in Healthcare, 2007.
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Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ). Patient Safety Primer: Simulation Training, 2021.
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Brisbin K, et al. Simulation Training Improves Resident Confidence and Reduces Errors. BMC Medical Education, 2023.








