O que é fazer uma sutura? Etapas, técnicas e como treinar com segurança
Introdução
Fazer uma sutura vai muito além de “dar pontos”.
É um ato técnico, estético e ético — uma combinação de coordenação, sensibilidade tátil e raciocínio clínico que só se domina com treino repetitivo e feedback preciso.
Cada fio, nó e incisão carrega a responsabilidade de restaurar a anatomia e garantir a cicatrização adequada.
Mas como desenvolver essa habilidade sem colocar o paciente em risco?
A resposta está no treinamento simulado, que permite ao futuro cirurgião errar, corrigir e evoluir — com a mesma sensação de tecido humano.
O que significa “fazer uma sutura”
Fazer uma sutura é reconstruir a continuidade de um tecido lesionado ou incisado, aplicando técnicas manuais de aproximação tecidual com fios cirúrgicos.
De forma simplificada, o procedimento envolve cinco fases principais:
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Planejamento da incisão — definição do ponto de entrada e saída da agulha;
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Agulhamento correto — penetração uniforme, evitando rasgar o tecido;
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Aproximação controlada — manter a tensão ideal entre as bordas;
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Formação do nó — fixação segura sem estrangular o tecido;
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Revisão da sutura — verificação da simetria, distância e alinhamento.
Essas etapas exigem coordenação bimanual, percepção de profundidade e controle de força, características que se desenvolvem apenas com prática.
Referência:
Kneebone R. Simulation in surgical training. BMJ. 2016.
Tipos de sutura mais utilizados na prática médica
Existem dezenas de variações, mas quatro padrões dominam a prática cirúrgica geral:
| Tipo de sutura | Aplicação principal | Característica |
|---|---|---|
| Simples interrompida | Fechamento de feridas pequenas e médias | Alta segurança, fácil ajuste individual |
| Contínua simples | Fechamentos rápidos de longas incisões | Rápida execução, menor consumo de fio |
| Colchoeiro vertical/horizontal | Regiões com tensão alta | Reforço estrutural, ótima eversão das bordas |
| Subcuticular ou intradérmica | Cirurgia plástica e estética | Acabamento fino e cicatriz discreta |
Fonte:
American College of Surgeons – Basic Surgical Skills
Como treinar cada etapa com segurança
Na formação médica, o grande erro é tentar aprender sutura apenas observando ou executando diretamente em pacientes.
Isso aumenta a curva de aprendizado e o risco clínico.
A literatura científica recomenda o uso de simuladores realistas, que reproduzem textura, elasticidade e resposta dos tecidos.
Em estudo da BMC Medical Education (2022), estudantes que treinaram em simuladores apresentaram:
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+47% de precisão nos nós cirúrgicos;
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-35% de tempo de execução;
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e nível de confiança significativamente maior.
Fonte:
Kim, J. et al. BMC Med Educ. 2022;22(1):133.
Os simuladores ideais para o aprendizado prático
RS Efficient (RS.PS3)
Perfeito para o treinamento de suturas simples e contínuas, o Efficient foi desenvolvido para consolidar a coordenação e a regularidade do ponto.
Com textura e elasticidade calibradas, ele permite treinar o equilíbrio entre tensão e simetria, etapas cruciais da sutura médica.
RS Dynamic (RS.PS4)
O Dynamic é o passo seguinte: ideal para quem já domina o básico e quer praticar suturas diversificadas em contextos anatômicos realistas.
Permite alternar entre padrões de sutura e testar profundidade, direção e controle de campo — elementos essenciais da prática clínica avançada.
A importância da repetição estruturada
Suturar bem não é apenas repetir — é repetir com propósito.
Cada ponto executado em simulador deve ser avaliado sob quatro critérios:
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Tempo de execução;
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Precisão do ponto (simetria e espaçamento);
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Força aplicada no fio;
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Qualidade do nó final.
Esses parâmetros permitem medir progresso de forma objetiva, alinhando o ensino prático ao modelo de Proficiency-Based Progression (PBP).
Referência:
Gallagher AG, et al. Objective metrics in surgical training. J Surg Educ. 2023.
Conclusão
Aprender a fazer uma sutura é aprender a controlar o gesto.
É treinar o olhar, o tato e a mente para agir com calma e precisão.
“A repetição cria técnica,
a técnica cria confiança,
e a confiança salva vidas.”
Na RS Soluções Médicas, cada simulador é projetado para transformar aprendizado em desempenho real — do primeiro ponto à sutura complexa.






